Acesso ao celular pela imigração dos EUA
Estrangeiros que vão para os EUA com vistos temporários, residentes permanentes e até mesmo cidadãos americanos podem se ver diante de uma situação desconfortável ao chegar ou retornar aos EUA depois de uma viagem: ter seu celular revistado e acessado pelo oficial de imigração.
Embora isso aconteça com uma fração muito pequena dos milhões de indivíduos que chegam aos EUA pelos portos e aeroportos do país, é possível que você se encontre nessa situação. E aí, o que fazer?
Por que os oficiais de imigração pedem para acessar meu celular?
De acordo com o Serviço de Alfândega e Proteção de Fronteiras (CBP, na sigla em inglês), “todas as pessoas, bagagens e mercadorias chegando ou partindo dos EUA estão sujeitas a inspeção, busca e detenção. Isso acontece porque os oficiais do CBP devem determinar a identidade e cidadania de todas as pessoas que tentam entrar nos Estados Unidos, determinando a admissibilidade de cidadãos estrangeiros e impedindo a entrada de possíveis terroristas, armas terroristas, substâncias controladas e uma ampla variedade de itens proibidos e restritos”.
Por isso, os oficiais de imigração têm poderes amplos para revistar quem entra nos EUA e acessar qualquer dispositivo eletrônico que essas pessoas tenham em posse.
Para além de questões de segurança nacional, como suspeita terrorista, a revista é feita quando há suspeitas, por exemplo, de que uma pessoa com visto de turismo está indo nos EUA para, na verdade, trabalhar.
O que os oficiais de imigração buscam no meu celular?
Vai depender do motivo que levou o oficial a te abordar. Geralmente, esse procedimento é feito em uma salinha, longe das vistas das outras pessoas.
O oficial de imigração vai buscar informações sobre você nos sistemas governamentais e na internet. No seu celular, ele vai buscar conversas de WhatsApp, Telegram, acessar suas redes sociais e-mails para ver se alguma mensagem ou conversa sustenta a suspeita inicial contra você.
Se o oficial desconfia que você está indo trabalhar nos EUA mesmo sem um visto de trabalho, ele vai buscar por conversas no WhatsApp de um possível empregador cobrando a entrega de um relatório ou alguma conversa sua com um parente sobre trabalhar nos EUA.
Se a suspeita for algo relacionado à segurança nacional – o que é comum se o indivíduo está chegando aos EUA de algum país do Oriente Médio, por exemplo –, então o oficial vai buscar declarações políticas suas no Twitter e nos demais aplicativos, além de verificar suas fotos, para ver se não encontra imagens suas com algum criminoso ou controverso.
Tudo isso acompanhado de uma série de perguntas sobre sua vida pessoal, profissional e objetivo da viagem.
Posso me negar a desbloquear meu celular para o oficial de imigração?
Sim, mas você estará correndo um grande risco.
Na melhor das hipóteses, o oficial de imigração pode desistir de verificar seu celular. Porém, isso raramente acontece.
Caso você se negue, o mais provável é que você tenha seu aparelho confiscado, seja detido e enviado a seu país de origem no primeiro voo disponível. Isso em caso de estrangeiros ou residentes permanentes.
Já no caso de cidadãos americanos, você apenas terá seu aparelho confiscado – e possivelmente ele será devolvido depois de alguns meses.
A imigração pode copiar as informações do meu celular?
Sim. Quando os oficiais de imigração acessam seu celular, geralmente o aparelho é levado para outro ambiente, fora do seu alcance. É possível que, nesse momento, usando softwares específicos, a imigração copie todos os dados do seu aparelho, como fotos, contatos, e-mails, mensagens, downloads, histórico do navegador etc.
Como me precaver para não ter minha privacidade exposta?
A recomendação é apagar todos os dados sensíveis antes de ir para os EUA. Algumas dicas:
- Apagar conversas e e-mails sobre morar nos EUA (se seu visto não é de imigração)
- Apagar conversas e e-mails sobre trabalhar nos EUA (se a intenção declarada da sua visita não é trabalhar nos EUA)
- Deletar Fotos íntimas e com pessoas que possam despertar a curiosidade da imigração
- Apagar Informações confidenciais do seu trabalho
- Excluir o acesso ao e-mail corporativo
- Deletar aplicativos que possam conter conversas suas (como aplicativos de namoro) e aplicativos que possam conter dados particulares
Outras fontes de informação: ACLU e Quartz.
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