A inflação dos EUA registrou alta de 8,3% no acumulado dos 12 meses terminados em abril, divulgou nesta quarta-feira (11/5) o Departamento do Trabalho americano. Combustíveis, veículos usados e gás encanado foram os itens que mais contribuíram para a alta dos preços no período. A inflação de abril é menor do que a de março (8,5%), mas ainda assim, uma das maiores inflações desde a década de 1980.
A inflação tem sido uma das maiores preocupações da economia americana, com muitos consumidores reclamando da elevação dos preços nos postos de gasolina e nos supermercados. O tema vem recebendo atenção da mídia, o que coloca pressão sobre o governo.
O Fed – o equivalente ao Banco Central nos EUA – está tentando controlar o movimento inflacionário, aumentando os juros do país. No entanto, as medidas macroeconômicas ainda não surtiram efeito.
Em entrevista ao jornal The Guardian, o economista Randall Kroszner, que é professor da Universidade de Chicago e ex-diretor do Fed, afirmou que a inflação é preocupante.
Viagens mais caras
As passagens aéreas também subiram, já que uma quantidade crescente de pessoas está viajando. Isso acontece porque as restrições da pandemia foram praticamente eliminadas e o verão americano se aproxima. Os preços das passagens aéreas cresceram 18,6% entre março e abril. No acumulado dos 12 meses, a alta já é de 33,3%.
A moradia, por sua vez, ficou 5,1% mais cara no acumulado dos 12 meses, embora tenha avançado apenas 0,5% de março para abril.
Como a inflação me afeta?
A inflação nada mais é do que a alta geral dos preços. Uma inflação de 8,3%, portanto, significa que, em média, o preço dos produtos e serviços nos EUA ficou 8,3% mais caro de um ano para o outro.
Obviamente, alguns preços sobem mais e outros, menos. Alguns, aliás, podem até mesmo cair. Nos EUA, comida e combustível têm sido os vilões da inflação. A guerra na Ucrânia e os impactos climáticos sobre plantações no mundo todo abalaram a oferta de comida e petróleo, o que fez com que ficassem mais caros.
Em geral, a inflação impacta mais as famílias de baixa renda, pois para elas qualquer elevação de preço pode consumir uma parcela significativa de suas rendas.